There are no silly seasons
- Catarina Oliveira
- 23 de ago. de 2018
- 2 min de leitura
O que procuras nos outros está em ti, apenas ainda não foi acordado.
Já alguma vez paráste para pensar que as pessoas que encontras no teu caminho vêm ensinar-te algo sobre ti mesmo? Imagina o quão poderoso seria, numa qualquer situação relacional, em que algo não corre como querias, reflectires e perguntares " o que estou a projectar/procurar no outro, que está dentro de mim, mas que ainda não consegui aceder?".
Imagina o quão poderoso é assumires a tua responsabilidade na situação, ao investigares, com total curiosidade e empenho, o que é que aquela pessoa te vem transmitir acerca de ti próprio.
Sabes, muitas vezes, procuramos nos outros aquilo que consideramos não ter em nós. E não há nada de mais ilusório do que isso: tudo começa e acaba em nós.
Se procuras é sinal que tens dentro de ti, senão nem sequer aquela característica chamava a atenção dos teus pensamentos.
Está em ti adormecida, e, enquanto não te propuseres a despertá-la; a desenvolvê-la em ti mesmo, tudo o que procurares no exterior tornar-se-á vazio, pois o que não é nosso não permanece em nós.
O primeiro passo para brotarmos em nós aquilo que queremos, desesperadamente, dos outros é, simplesmente (até chegarmos ao simples vai uam grande distância...), reflectirmos antes de agir em qualquer conflito, interno ou inter-relacional.
Em vez de, automaticamente, atribuirmos culpa por agressão, omissão, inacção, podemos começar por contar até dez, e, depois, fazermo-nos a questão seguinte: "O que me falta que me leva a tentar que o outro me dê?"; Qual a qualidade em mim escondida, que quero, desesperadamente, despertar, sem trabalhar em mim próprio?" (Não há milagres, se tens que trabalhar para te sustentares financeiramente, logo, também tens que trabalhar-te para te estruturares emocionalmente.).
Depois, após descobrires, e vais ver que te surge em pensamento, tomarás acções por e para ti próprio, em vez de sequestrares as qualidades dos outros.
E, aqui chegados, só há uma via: sair para fora do teu casulo, e colocares-te na posição de despertares essa qualidade/característica que tanto buscas.
Assume o risco de testá-la em ti, e vais ver que o embate inicial, em nada se compara com a satisfação final de teres ultrapassado mais um obstáculo rumo ao teu próprio ser.
És tu que estás em todo o lado, às vezes necessitas apenas de uma orientação para encontrares-te.