top of page

Validação

A palavra está directamente relacionada com valores e crenças, temas tão trabalhados na área do coaching e da mediação de conflitos, e que constituem, contraditoriamente, como é apanágio destes processos de desenvolvimento pessoal (e ainda bem:)), fonte dos maiores bloqueios e das maiores inspirações.

Pensando outro dia, após uma sessão de coaching, dei por mim a construir mais um modelo de trabalho (ainda em perspectiva) que coloca como critérios de trabalho o apuramento da origem, do conteúdo actual, e dos efeitos das crenças que nos povoam o inconsciente, e que surgem automaticamente associados a modos de estar, ser, e actuar.

Tem como ponto de partida a validação, ou seja, aquilo a que damos importância.

E há três vectores de onde parte esta validação, e que diz-nos onde, mentalmente, nos encontramos:

1) No presente, em que validamos a realidade à nossa volta pela bagagem que trazemos, e que, por isso, o que construímos sobre o que vemos, e ouvimos de outrem, pode não ser o que nos é mostrado, mas sim, o que nos influenciou a moldar a situação.

Isto tem como efeitos a possibilidade de ocorrerem dilemas na comunicação interpessoal.

2) No passado, quando, apenas nos validamos, quando somos validados pelos outros, o que tem como efeitos, limitarmos as nossas acções a uma vontade que não é a nossa, e, assim, sentirmos-nos presos ao que alguém (muito importante na nossa vida, e que está representado em todas as nossas interações sociais) pensou ser o melhor para nós;

3) No futuro, no dia em que decidirmos validarmo-nos internamente, realizando um trabalho de escuta, e investigação sobre o que é a nossa essência e unicidade, dons que deveríamos oferecer a nós mesmos e ao mundo, para realização pessoal e colectiva.

Há um inúmero rol de técnicas para aceder a esse inconsciente informador, e por isso, companheiro, que satisfazem todos os estilos e representações internas que nos identificam a todos e cada um.

Umas mais verbais, outras mais auditivas, outras mais cinestésicas, num fluir entre o movimento e reflexão, tornando-nos permeáveis àquilo que esse lugar profundo e escondido nos quer mostrar, se assim quisermos aceder a ele.

Validação, para valer, implica valorizarmos o que realmente somos, depurados de quem nos quer validar, e daquilo que queremos validar, sem, primeiro, nos perguntarmos se vem de nós, ou se vem de algo que nos foi instalado, e que ainda não conseguimos desprogramar.

Sem desprogramação, é mais difícil a transformação.





15 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page