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4 etapas para passar da reacção emocional à atitude sábia.

É possível?

Uma realidade temos que aceitar, antes do início de qualquer processo de desenvolvimento pessoal: não somos mecânicos, e estamos carregados de experiências de vida (ou vidas); histórias que se transformam em memórias emocionais que, devido à nossa capacidade primária de sobrevivência, accionam o nosso lado instintivo de defesa.

E esse instinto faz com que resgatemos do nosso baú, em primeiro lugar, os eventos negativos passados, e reajamos num ápice, para que não voltem a acontecer.

Tudo isto de uma forma automática.

Em qualquer situação que, nem que seja de forma ínfima, se assemelhe a um evento passado doloroso, entramos no comboio automático das emoções, prejudicando, assim, uma visão neutra, ou até positiva, do que está a acontecer.

Muitas vezes, a emoção que surgiu, nem sequer está ligada ao que acabou de acontecer.

Mas a nossa mente generaliza tudo em três ou quatro "grandes títulos" e acaba por "meter tudo dentro do mesmo pote", para justificar a reacção emocional.

Já viram o desperdício de tempo? De aceder a novas formas de resolver um desafio, ou de melhorar uma relação pessoal, profissional, ou social?

Já viram o desperdício da vida que queremos para nós?

Atenção, não quero com isto dizer, longe de mim, até porque não seria real, que devemos eliminar as reacções emocionais.

Elas fazem parte do nosso sistema nervoso, e ainda bem que as temos, até porque, quando estamos a falar das negativas, elas constituem uma catapulta para descobrimos outros mapas emocionais empoderantes que, seguramente, existem em nós, e que precisam de ser reactivados (o coaching com programação neurolinguística é um processo muito eficaz nesta descoberta).

Sem conhecermos as emoções que nos povoam, nunca saberemos como transformá-las.

Por isso, elas têm uma função muito útil, para além daquela que serve para proteger de perigos.

E daí pergunto, novamente, é possível?

Claro que sim, muitas pessoas, e os seus processos de desenvolvimento pessoal confirmam esta mudança.

Não é como tomar um comprimido milagroso que tira temporariamente as dores.

É, sim, planificar e trilhar uma cura para médio/ longo prazo.

É possível e desejável sair do comboio emocional já na próxima estação.

E, começar, simplesmente.

Começar implica:

1) Reconhecer que somos seres reactivos, e que, muitas vezes, isto impede-nos de aceder a uma vida mais elevada;

2) Aceitar que as emoções e os sentimentos, que mais não são do que emoções pensadas, estão presentes em nós, e que devemos cuidar deles;

3) Cuidamos deles:

a) observando-os (há ferramentas para promover esta observação) atentamente, compassadamente, e compassivamente;

b) debatemos, em diálogo autêntico e presente (outras ferramentas há para esta função específica), de onde vêm, porque continuam, e onde surgem mais recorrentemente;

c) alocamo-los ao seu devido lugar (as técnicas para este fim continuam a existir);

d) Elegemos como prioritárias para resposta geral a desafios, outras emoções que nos fortalecem, e que poderiam ter sido a nossa escolha para lidar com a situação;

e) Instalamos essas emoções que nos revigoram (excelentes tecnicas estao ao nosso dispor para isso);

4) Repetimos o processo as vezes que forem necessárias, e com recurso a outras técnicas, até que ganhemos uma atitude. Afinal, a consistência é a mãe dos novos hábitos.

A atitude é sábia quando já conseguimos ser imparciais connosco próprios.

Sabedoria é o conhecimento adquirido pela experiência de vida.

Por isso, para lá chegarmos, temos que tropeçar, cair, levantar, e cair de novo. Temos que “emocionarmos” bem e mal, reagirmos, e aceitarmos, para podermos fazer diferente. Aceitar, observar, investigar, caminhar, e mudar com consistência.







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