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Resiliência, ou, a arte de continuar


Somos memória, presença, e esperança. Esta tríade está em mim, neste momento. O que faço com os meus registos? Conformo-me com eles, revivendo-os constantemente, não dando espaço a que novos e renovados aconteçam? Ou, aceito-os como uma parte do caminho, que se quer sinuoso para que seja eu a moldá-lo cada vez que uma pedra se apresenta à minha frente? A pedra é um obstáculo, ou uma etapa? A pedra tem uma forma única, ou depende da forma como a vês? O que há para além dela? O que ficou para trás? Com certeza, ficaram as pedras que já ultrapassaste. E não precisas de reviver esse processo já passado. Precisas, apenas, de saber dentro de ti, que já foi transposto, e que aqui estás, nesta senda sempre inacabada, a ser preenchida por ti. Mesmo que não aceites, o caminho está sempre por fazer. Ou melhor, está sempre à espera de ser trilhado. Ele convida-te. Essa é a beleza da vida. O vazio, o abismo está sempre ao lado. É tua opção mergulhares nele, ou seguires em frente, agradecendo a sua existência, para que nunca te esqueças que cair não é a solução, e que fugires, desenfreadamente, terá o mesmo desfecho. Por isso, a única hipótese é seguires com passo firme, equilibrado e seguro, com uma cadência que é só tua. Mas, o ritmo não pode faltar. Se não parares, avanças de certeza. É no avançar que te vais definindo, estreitando as tuas limitações, e alargando as tuas possibilidades. Melhor do que isto, é ires acompanhado; teres alguém que compreende profundamente as tuas dificuldades, porque também as sente, e que, por isso mesmo, te dá alento para seguires. Transmite-te, por palavras, silêncio, ou atitudes: "Dou-te a mão, porque já tanto ficou para trás, e há tanto para viver... Agora!" E ambos sorrimos...

 
 
 

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