Empatia, ou, o que seria natural...
- Catarina Oliveira
- 20 de fev. de 2018
- 1 min de leitura

Se " nenhum homem é uma ilha", e todos nós buscamos inatamente conexão com os outros, não deveria ser necessário ensionarmos empatia.
Queremos dar-nos, queremos receber, estar, conviver, encontrar, dialogar, sentir. Tudo isto faz parte da necessidade relacional de um ser social por natureza.
Contudo, foi formalizada uma teoria acerca da empatia, que é parte importante de qualquer conteúdo programático de temáticas de desenvolvimento pessoal.
A razão não é por não a sabermos de cor (engraçado que a origem latina desta palavra seja coração, afecto). É, simplesmente, porque esquecemos a empatia intermitentemente.
Ela está em nós. Mas quantas vezes nos distraímos do que é essencial na vida?
Somos seres adaptáveis, flexíveis, ou, caso contrário, não tinhamos sobrevivido a milénios de natureza e mundo.
Em vez de elevarmos esta nossa característica a qualidade, que devemos relembrar diariamente, ptamos por erguer muros.
Agora, esses muros já raramente são ditados por imposições políticas externas. Estão nas nossas mãos.
Escondemo-nos atrás dos proliferados e proliferantes "móveis", que nos imobilizam perante o outro.
Daí a necessidade de ensinar a empatia, que, supostamente, seria natural.
Empatia é permeabilidade a outra vida, que poderia ser a nossa. É a porta escancarada para a compreensão total dos outros, e, inerentemente, de nós mesmos.
É moldarmo-nos, focarmo-nos somente no que está a acontecer verbal, para-verbal, e não verbalmente a quem está à nossa frente. Para o entendermos, e para nos descobrirmos.
Só nessa descoberta mútua se iniciam novos caminhos.
Um aparelho electrónico não nos dá essa leve bagagem.