Tu sabes que sabes?
- Catarina Oliveira
- 15 de jan. de 2018
- 1 min de leitura

O "queixómetro" natural que há em nós, seja por questões milenares de sobrevivência, seja por hábitos modernos de resignação, prega-nos partidas.
Somos inconscientemente sábios. Ou melhor, para não dar uma impressão de arrogância, direi: somos inconscientemente sabedores.
Quantas vezes pensamos, "eu sei conduzir"? Simplesmente, conduzimos.
Quantas vezes pensamos " eu sei ler, escrever, atar um sapato, dançar, uma língua estrangeira..."?
E todos estes saberes já nos foram inacessíveis em tempos.
Primeiro, tomámos a consciência que não sabiamos; depois passámos a querer saber, e aprendemos; e, por fim, desaprendemos que já sabiamos.
Há saberes que são tão automaticamente instalados em nós, que nos olvidamos que tivemos que adquiri-los.
Pensar nessa sede de evolução que existe, inatamente, em cada um, é privilegiar a sua continuidade.
Temos tendência a considerar que não conseguimos um certo objectivo, porque é muito díficil, e nunca vamos ter a habilidade para nos tornarmos competentes nele. Aqui, faço um parênteses (o difícil é, simplesmente, um desejo escondido que queremos muito alcançar).
Será que foi assim antes de saberes conduzir? Antes de saber ler? Antes de saber uma nova língua?
O que te levou a querer e a conseguir? Quais os concretos passos que deste? Aventuraste-te a ligar a ignição? Ouviste, atentamente, as aulas e o instrutor? Viste, curiosamente, os teus familiares a conduzir? Ouviste audiobooks em língua estrangeira? Comunicaste, directamente, com nativos?Viste filmes falados nessa língua?
Seja o que for, realizaste um processo de aprendizagem, porque a curiosidade e vontade ultrapassou qualquer truque mental.
Para o agora, basta estruturar o padrão que utilizaste, para adquirires o que queres, e agir.
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