"Grão a grão" VS "Passo maior do que a perna"

Sem perdermos a noção que as possibilidades são infinitas, e que a linha do horizonte é imaginária, instalar nas nossas mentes que, para sermos grandes (pessoas), há que, primeiro, serenamente, dar pequenos passos, é um desafio.

E está tudo bem... Estamos num meio ambiente que nos deslumbra com excepcionais vidas, largos sorrisos de felicidade, o que faz catapultar a ansiedades, e colarmos-nos a objectivos (sonhos?) que não são os nossos.

Enquanto vemos a imagens imediatistas, externas, distraímo-nos de nós próprios. Esquecemo-nos de trabalhar aquilo que realmente queremos, o que nos motiva, a raiz do nosso contentamento, que somos, e para que estamos aqui.

Vai sendo cada vez mais desfiante perceber de que é feito o nosso contentamento pessoal. Isso implica um caminho, e não uma chegada rápida e fugaz ao destino dos outros.

O percurso da senda pessoal é o nosso destino. E destino significa direcção. E quando há direcção, há objectivo claro, e vontade de o implementar.

O resultado é só um símbolo de que chegámos, e estamos prontos para a próxima viagem.

Afinal, tudo se resume a etapas que se cumprem.

Pequenas conquistas, às vezes até indecifráveis no imediato, tornam a linha do horizonte cada vez mais distante e imaginável.

Sem estes reconhecimentos das vitórias subtis que vamos alcançando, a ser tatuado por escrito, por desenho, por objecto, ou música, não podemos seguir em frente para traçar os próximos desafios, com uma real possibilidade de nos sentirmos afundados, pois só vemos os resultados dos outros, esquecendo que há histórias que nunca serão as nossas, e ainda bem.