Coaching, ou a vida...

O ser humano é um mestre da fuga, da fuga dele próprio. Passamos a vida a correr. Mesmo que estejamos parados, a nossa mente está a correr para encontrar um lugar de onde depois quer sair, porque não se sente bem. E porque não se sente bem? Porque vive de memórias com que se identifica. Aliás, criou o hábito de identificar-se com os registos que guardou ao longo da sua existência, e procura neles o lugar para descansar.

Acontece que não descansa; ilusoriamente, procura uma zona de conforto, pois é a única que conhece, fechando-se no círculo vicioso de acções e reacções fundadas nas experiências passadas que despertam emoções, provocando ansiedades e expectativas baseadas em histórias que contamos as nós próprios.

A nossa história pode ser reinventada, sendo a função do coaching criar novas fundações para uma nova realidade. Agarrar nos rascunhos que fomos fazendo ao longo da nossa vida, pegar na caneta e dar-lhes novas formas a partir do grafismo já feito. Não, não é para apagar nada. É olhar para eles, e, observando-os, limparmos todos os borrões, dando-lhes novos formatos, mais deliniados, estilizados e puros, que nos façam perceber que há uma realidade mais limpa e segura para ser por nós vivida: aquela em que afirmamos o nosso poder pessoal, simplesmente porque somos nós. O facto de sermos nós é o bastante para termos controlo da nossa vida.

O coaching ajuda e orienta-nos a encontrarmos o nosso eu profundo. Aquele eu que se descobre, e que, descobrindo-se, descobre que é dono do seu próprio mundo. E com o seu mundo, entrega-se totalmente à vida, e a vida devolve tudo o que se entrega. Aqui chegados, já não precisamos de fugir para abrigos externos.

No coaching há a possibilidade de abrir a mente a novas realidades; incita-se a saída de circulos fechados de uma história já escrita, que assim se reescreve, e a que se podem acrescentar tantas outras.

Nasce uma árvore de criatividade, maturidade e responsabilidade: a liberdade

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